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O Cultivo

Na agricultura orgânica não é permitido o uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Os produtores de orgânicos não utilizam fertilizantes sintéticos solúveis, agrotóxicos e transgênicos.

 

Uma vez que este tipo de alimento é produzido em lugares livres de substâncias tóxicas e químicas, ele não somente contribui para uma nutrição saudável, como também protege a saúde de seus consumidores.

 

Para ser considerado orgânico, o produto precisa ser produzido em um ambiente de produção orgânica, onde o processo produtivo se baseia nos princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações sociais e culturais.

 

Os consumidores de produtos orgânicos cuidam não somente da própria saúde, mas do meio ambiente, além de ajudarem a manter os trabalhadores rurais no campo.

O Custo do Orgânico

Quem nunca ouviu ou falou que orgânicos são caros? Mesmo reconhecendo o potencial benefício de ter um alimento mais saudável, sem risco de contaminação por agrotóxicos ou com excesso de adubos químicos, é altamente provável que os leitores já ouviram ou falaram que os alimentos orgânicos são caros. Então, se os orgânicos são caros, são caros por quê?

Vamos listar alguns dos motivos que levam o custo do produto orgânico a ser mais elevado do que o convencional:

 

1. Certificação: o agricultor orgânico precisa provar que o que produz respeita todas as normas da produção, a legislação trabalhista e ambiental. Para serem comercializados, os alimentos orgânicos precisam ser certificados.

 

2. Conversão da área e a barreira de isolamento para vizinhos não orgânicos: para iniciar a produção orgânica, a maioria das propriedades precisa passar por um período de adequação conhecido como período de conversão. Neste período, que pode durar alguns anos, a produção não é mais feita pelo sistema convencional, mas ainda não pode ser vendida como orgânica. Portanto, o agricultor normalmente vê sua produtividade habitual reduzida e ainda não recebe o valor adicional de um produto orgânico. 

 

3. Instalação de barreiras:muitas propriedades, por estarem inseridas em áreas com produção convencional em seu entorno, precisam instalar e manter barreiras com os vizinhos convencionais. A barreira tem a finalidade de evitar a deriva de agrotóxicos provenientes do cultivo convencional, e o deslocamento de pragas e doenças que normalmente estão em desequilíbrio no vizinho convencional. 

 

4. Maior demanda de mão de obra: na agricultura orgânica trabalhamos com compostos orgânicos, que requerem mão de obra para ser compostados e distribuídos nas áreas de cultivo. As opções para mecanizar algumas atividades normalmente não são economicamente viáveis em pequenas propriedades familiares. Aliado a isso há também a baixa retenção dos jovens na atividade agropecuária, pois estes são atraídos pelo estilo de vida urbana e partem para as cidades para estudar, trabalhar e constituir família, fazendo questão de esquecer a origem de suas famílias, de nossas famílias. A lei de oferta e demanda funciona também para a mão de obra no cultivo dos produtos orgânicos. Ou seja, só se consegue manter a mão de obra se esta for mais bem remunerada pelo seu serviço. Isso onera o custo de produção dos alimentos orgânicos.

 

5. Produtividade e escala de produção menor do cultivo orgânico em relação ao cultivo convencional: o que desequilibra a relação da produtividade na agropecuária atual, expressa por produção por área por tempo, é justamente o tempo de produção. O ciclo de produção de vegetais ou de formação de animais é maior no sistema orgânico em relação ao convencional, pelo fato de não utilizar adubos prontamente solúveis para as plantas e promotores de crescimento na ração dos animais. 

 

6. Falta de apoio à pesquisa e à transferência de tecnologia aos agricultores familiares que produzem nossos alimentos, vestuário e bioenergia em sistema orgânico. No estado de São Paulo, por exemplo, s própria agência de fomento à pesquisa estadual, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) tem critérios de avaliação de projetos que restringem o acesso aos recursos para projetos voltados para o sistema orgânico. 

 

 

Em resumo, a certificação da produção orgânica, o período de conversão da área e as barreiras de isolamento com os vizinhos convencionais, a maior necessidade de mão de obra, a menor produtividade e escala de produção contribuem para que os produtos orgânicos tenham preços mais elevados do que os similares convencionais. 

Os males do Agrotóxico

O Brasil, que é um dos cinco maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Alguns agricultores ainda não conhecem o perigo que o agrotóxico representa para a sua saúde e para o meio ambiente.

 

Pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS, em 12 países da América Latina e Caribe, mostrou que o envenenamento por produtos químicos, principalmente pelo chumbo e pelos pesticidas, representa 15% de todas as doenças profissionais notificadas.

 

O manuseio inadequado de agrotóxicos é, portanto, um dos principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A ação das substâncias químicas no organismo humano pode ser lenta e demorar anos para se manifestar. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em consequência da manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas nos países em desenvolvimento.

 

Riscos e malefícios dos agrotóxicos para a saúde humana:

  • Intestino: alguns fungicidas, como o clorotalonil, encontrado na alface e em outras verduras, podem provocar irritação nas mucosas intestinais. Acima do limite permitido, geram também diarreias;

  • Pernas: o metamidofos, inseticida fosforado encontrado com frequência no morango, é capaz de produzir atrofia dos membros inferiores e até paralisia temporária;

  • Distúrbios neurológicos: em doses muito elevada, os pesticidas clorados, como o endosulfan, aplicados no morango e na uva, podem afetar os sistemas neuromusculares central e periférico;

  • Coração: a arritmia cardíaca é um dos sintomas de doses elevadas de inseticidas fosforados.

  • É o caso do clorpirifós, também encontrado na cenoura e no morango.

 

Riscos e malefícios para o meio ambiente:

  • Degradação dos recursos naturais

  • Contaminação do solo, água, flora e fauna.

  • Desequilíbrios biológicos e ecológicos.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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